sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fumar o que quiser

Faz tempo que Raul Seixas proclamou que “todo homem tem direito de viver como quiser”. Porém, não foi nenhuma filosofia ou discussão de valores que fez o Comitê legislativo da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovar a legalização da maconha. A razão foi muito mais simples: dinheiro. Afinal, o que move esse mundo não é o amor. Essa foi a primeira votação pela qual o projeto deve passar para se tornar lei. Se aprovado, a maconha poderá ser comprada e vendida sob um imposto de US$ 50 para cada 29 gramas da erva. Isso significa cerca de US$ 1 bilhão por ano em impostos para o estado que está profundamente endividado. Resumindo... Maconha é um bom negócio.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Uma triste perda

Um terremoto de sete pontos na escala Richter levou conseqüências irreparáveis ao Haiti na noite de ontem. O mais pobre dos países caribenhos viu até mesmo o seu Palácio Presidencial cair em ruínas. Os brasileiros assistiam à distância a desgraça alheia, mas algo além da piedade os aproximou dos haitianos. A médica pediatra e sanitarista, Zilda Arns, de 75 anos — fundadora da Pastoral da Criança — caminhava pelas ruas do Haiti acompanhada por um sargento do Exército brasileiro. Estava em uma missão humanitária e morreu entre os escombros. Uma senhora com cinco filhos e dez netos, do tipo que faz sorri quem a vê, cheia de carisma e boa vontade, deixa um lindo exemplo de doação. Ela foi uma entre os brasileiros que morreram no país.

— Acabo de ouvir a emocionante notícia de que minha caríssima irmã Zilda Arns Neumann sofreu com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto. Que nosso Deus em sua misericórdia acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e pelos desamparados. Não é hora de perder a esperança — disse Dom Paulo Evaristo Arns, irmão de Zilda.